quarta-feira, 25 de abril de 2012

Combo 7

Sempre fui feliz. Sempre fui feliz sozinha. Dividir coisas com alguém não fazia parte da minha zona de conforto.
Mas não tem jeito...Ele é meu combo.
Obrigada por me fazer feliz, leve, sorrir e amar há sete meses.

Somos um floco de neve.

sábado, 21 de abril de 2012

Sinestesia mutante



Gosto de "Os Mutantes" porque minha sinestesia é confortável.
É aquele sofá gostoso que te chama depois do almoço, é o vermelho bordô num tubo de esmalte, é o doce certo na hora do filme certo, é a temperatura ideal do seu passeio, é o dia perfeito pra se andar naquela estrada com árvores, é a brisa suave no topo da montanha misturada com o Sol quentinho, é a coberta macia que a gente aperta no meio da noite, é a sala cheia de amigos, é o abraço quentinho da pessoa que a gente gosta, é a risada compartilhada com o melhor amigo, é o olhar que te acalma...


...É a harmonia da vida.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Dose grandona

Toda vez que eu penso algo errado, eu lembro das sábias palavras do meu amigo Muchi:

"A primeira dose de confiança é de graça. E é uma dose grandona."

Me acalmo e tento colocar em prática, com afinco, todas as palavras ditas. Todas elas...Em seu pleno significado. Me acalmo mais um pouco. 

É meu mantra pra tentar confiar mais no mundo. É a membrana que controla quem entra e quem saí do meu plasma de convivência e confiança. Sou quase como uma célula, sabia? Crio categorias e seleciono as pessoas.

Pessoas que eu amo, me importo, admiro, quero bem e vice-versa estão no meu núcleo.
Pessoas que eu amo, me importo e vice-versa são a cromatina do meu núcleo.
Pessoas que eu gosto de estar junto e sorrir estão uma camada para fora e assim vai.

Minha explicação se dá por desenhos e nomes (os quais, é óbvio, eu não quero citar).

Pessoas são  muito sensíveis.
Sou uma pedrinha, mas meu conjunto celular é tão frágil quanto um zigoto.

Agora que eu percebi que tudo o que eu disse faz o maior sentido do mundo...Só que não.
Agora que eu percebi que a soma do meu sono acumulado e as seis doses de anestesia que eu levei hoje, sem dó nem piedade, no osso da mandíbula me fazem misturar e falar coisas que eram pra estar na minha Kombi nova.

Ultrafines

Eu tava cheia de coisa pra meter a boca, mas eu percebi que além de gastar energia e tempo eu estaria jogando um grão de areia num gigante que nem sabe que eu existo.

Melhor eu desenhar e ser feliz no meu mundo de canetas ultrafines.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Guardo a Kombi e dirijo o meu Fusca.

Tenho coisas (que pelo menos eu acho) razoavelmente interessantes de se escrever. Coisas mais profundas, coisas mais pessoais, coisas mais amplas, coisas maiores, coisas mais doidas, coisas mais fortes, coisas mais coisas e coisas, mais coisas e coisas...Tantas coisas e coisas, coisas que não fazem nexo. Coisas minhas, coisas pra mim.

Mas sabe...Eu sou muito tímida.

...

Mentira. Mentira das bem podres ainda...Eu sou tão sem vergonha que, que, que, que, que a verdade é que eu não passo de uma jovenzinha preguiçosa que empaca na hora de desenvolver idéias que talvez possuam uma porcentagem maior que 0.5% de potencial.

Sou uma hippie que guarda a Kombi nova na garagem pra sair com o Fusca velho e compacto.

Quero só ver o que vão fazer quando descobrirem que minha Kombi é, na verdade, um caderno laranja com a capa zuada que fica escondido em lugares fáceis.

Afago e afogo meu dia.

Ontem eu anulei um post bonito com um chato. Que patética!

Mas ok.
Inquietação toma conta de mim hoje. Constatei que minha sorte está MESMO de volta. Juro de pés juntos. Palavra de bruxa, palavra de escoteiro ou qualquer porcaria que falam por aí.

Hoje meus dedos coçam. Parece que me forçam a escrever qualquer coisa que seja possível. Risadas imensas em sites esquisitos, novidades dos últimos três meses à amigos distantes, afagos virtuais, nomes de sites, endereço de e-mail. Qualquer coisa vira pretexto pra eu apertar, delicadamente, essas teclinhas macias, pequenas e delicadas do notebook.

Infelizmente não tenho tempo de colocar muitas baboseiras a mais nesse lindo endereço eletrônico, mas vontade e idéia (sim, eu não ligo, idéia sem acento não é idéia...É o carro da Fiat!) não me faltam. Me falta é tempo. Só agora eu consegui entender o que as pessoas me falavam. A prática ferra e melhora tudo. Acho meio contraditório, mas ok. Entrei na brisa de analisar o tempo. No limite de 24 horas que eu possuo pra poder resolver minha vida no PRESENTE, eu percebo que passo horas afagando e afogando meu dia.Mas não me importo. Mesmo com o dia cheio, mesmo não fazendo nada e fazendo tudo com ele cheio, mesmo pensando duas horas antes das coisas acontecerem, mesmo depois de todos os meus devaneios a respeito do tempo, o meu único pedido é:

Dia, tenha 25 horas, comece às 10 da manhã, termine à meia-noite, me afague às 5 da manhã e fala que me ama às 5 da tarde.

terça-feira, 17 de abril de 2012

Meditação ao invés de Offlinização

De uns tempos pra cá eu percebo que essa coisa de rede social o tempo inteiro faz mal.
A gente fuça e vê coisa que não gosta, a gente causa intriga porque deixou de assinar algum perfil, deixou de curtir tal página, saiu de tal grupo, postou tal vídeo, não respondeu no bate-papo, desmarcou a foto, não postou a foto da baladinha de ontem, a gente acha que a indireta é pra gente, acha que fulando é escroto, acha que tal pessoa tá dando em cima, acha que tal pessoa tá ignorando, acha que é isso, acha que é aquilo...É uma infinidade de achismos que cansam.

Nos cansam...E cansam muito!O pior é que a gente se cansa sem nem ter tirado a bunda do sofá, da cadeira, da poltrona, do chão, do vaso ou sei lá de onde. Porque hoje é assim, a gente tá no banho e tá usando o Facebook.

Acho que tá na hora de deixar de curtir fotografias bonitas com efeitos lomo na telinha de 17 polegadas e ver uma florzinha de perto. Tocá-la, sentir, observar. Ouvir música na janelinha do carro e pensar em como o vento cruel no rosto é bom, como o céu é bonito e as luzes da estrada são doce ao invés de ficar vendo curtas no Vimeo e organizando coisa no iTunes.

Internet é meu mostro do armário.

Não, eu não ignoro todas as boas coisas que existem nesse mundinho pequeno...Mas me recuso a dizer que é tudo normal.

E eu sei que não é só comigo.

E eu sei que tá na hora de parar. Pego vertentes que só eu entendo.
Queria ficar offline.

Como eu não posso...Eu medito.

Meu comercial de pasta de dente.

Hoje a minha sorte volta a ser MINHA.

Depois de começar o ano me ferrando com os horários e já possuindo uma quantia de faltas consideráveis, hoje o dia sorriu pra mim. Sorriu pra mim numa terça-gelatina verde. Sorriu depois de me fazer acreditar que ficaria para sempre emburrado comigo em alguma hora de sua longa extensão. Me torturou. Me fez acreditar que sua indiferença comigo era infinita e me fez dormir cedo por não me sentir sozinha.

Mas eu não me importo. O sorriso que o dia me deu hoje foi tão bonito, tão sincero, tão despretensioso, tão ingênuo, tão puro, tão suave, tão doce, tão confortável que eu até acreditei sem dificuldade que ele seria bom comigo por um bom e longo tempo!

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Confortavelmente doce.

Desde pequena os finais de semana e o pôr-do-sol me deixavam um pixel de melancolia curioso.
Desde que o conheci e percebi que juntos esquecemos que os dias e as horas precisam ser nomeados e contados, o pôr-do-sol e os finais de semana nunca foram tão doces e confortáveis.