"A primeira dose de confiança é de graça. E é uma dose grandona."
Me acalmo e tento colocar em prática, com afinco, todas as palavras ditas. Todas elas...Em seu pleno significado. Me acalmo mais um pouco.
É meu mantra pra tentar confiar mais no mundo. É a membrana que controla quem entra e quem saí do meu plasma de convivência e confiança. Sou quase como uma célula, sabia? Crio categorias e seleciono as pessoas.
Pessoas que eu amo, me importo, admiro, quero bem e vice-versa estão no meu núcleo.
Pessoas que eu amo, me importo e vice-versa são a cromatina do meu núcleo.
Pessoas que eu gosto de estar junto e sorrir estão uma camada para fora e assim vai.
Minha explicação se dá por desenhos e nomes (os quais, é óbvio, eu não quero citar).
Pessoas são muito sensíveis.
Sou uma pedrinha, mas meu conjunto celular é tão frágil quanto um zigoto.
Pessoas são muito sensíveis.
Sou uma pedrinha, mas meu conjunto celular é tão frágil quanto um zigoto.
Agora que eu percebi que tudo o que eu disse faz o maior sentido do mundo...Só que não.
Agora que eu percebi que a soma do meu sono acumulado e as seis doses de anestesia que eu levei hoje, sem dó nem piedade, no osso da mandíbula me fazem misturar e falar coisas que eram pra estar na minha Kombi nova.
Agora que eu percebi que a soma do meu sono acumulado e as seis doses de anestesia que eu levei hoje, sem dó nem piedade, no osso da mandíbula me fazem misturar e falar coisas que eram pra estar na minha Kombi nova.