domingo, 29 de julho de 2012

Deimos e Fobos.

Desde pequena eu gostei muito da Lua. Imaginava que ela usava um vestido preto, sapatos e batom vermelho, algumas jóias e uma maquiagem noturna.
Já o Sol, o imaginava como um homem sozinho aparecendo apenas para manter a luz de fazer as pessoas levarem suas vidas. Nunca criei uma imagem dele.

Sempre gostei dos dois. Dias ensolarados sempre me fizeram feliz, agitada e esperançosa. Noites com lua cheia sempre me fizeram sentir segura com tudo o que viesse no dia seguinte. Parecia que ia dar certo.

Eu sou Lua e você Sol. Somos incríveis separados e somos mágicos juntos, como num eclipse.

Se ocorresse sempre, o eclipse não seria mágico, mas quando ocorre...

O que pode ter acontecido? Talvez eu tenha sido ansiosa querendo que o dia passasse logo e você gosta de ser o tipo de Sol do Alasca. Na sua, sem Lua, por seis meses.

Nossas rotações se perderam.
Acontece, que a Lua só é brilhante e bonita por causa do Sol e o Sol só é adorado por espantar os medos que a noite nos faz criar.

Existem várias Luas, mas existe só um Sol.

Você sempre quis ir pra Marte. Vai lá...Serei Deimos e Fobos.

sábado, 28 de julho de 2012

Não é assim.

"De tanto eu te falar
Você subverteu o que era um sentimento e assim
Fez dele razão pra se perder
No abismo que é pensar e sentir

(...)
Eu só aceito a condição de ter você só pra mim
Eu sei, não é assim, mas deixa
Eu só aceito a condição de ter você só pra mim
Eu sei, não é assim, mas deixa eu fingir e rir."

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Mood

"Não briguei mais por você, porque ter você seria muito menos do que ter você. Não te liguei mais, porque ouvir sua voz nunca mais será como ouvir a sua voz. Não te escrevo porque nada mais tem o tamanho do que eu quero dizer. Nenhum sentimento chega perto do sentimento. Nenhum ódio ou saudade ou desespero é do tamanho do que eu sinto e que não tem nome. Não sei o nome porque isso que eu sinto agora chegou antes de eu saber o que é. Acabou antes do verbo. Ficou tudo no passado antes de ser qualquer coisa. Forço um pouco e penso que o nome é morte. Me sinto morta. Sinto o mundo morto. Mas se forço um pouco mais, tentando escrever o mais verdadeiramente possível, percebo que mesmo morte é muito pouco. Eu sem nome você. Eu sem nome nós. Eu sem nome o tempo todo. Eu sem nome profundamente. Eu sem nome pra sempre."