segunda-feira, 28 de março de 2011

São necessárias 36 horas.

Estar sem tempo não é mais uma novidade.
É cansativo.Esgotante.Deveria me esforçar mais...Sempre acho que é pouco.
Falha minha.Falha nossa.
Chega a noite e eu percebo que são necessárias 36 horas.
36 não sei pra quê.

Tudo tem um propósito?Ou tudo se resume em um vazio no fim da vida?
Intrigante.Idiota e insensato.

Realmente, são necessárias trinta e seis horas.

quinta-feira, 17 de março de 2011

O ônibus

Andei poucas vezes de ônibus, e nessas poucas vezes me divertia da minha maneira.Sempre me disseram que eu enjoaria rápido se andasse de transporte coletivo todos os dias.Achei uma inverdade.

Desde o dia 29 de fevereiro, venho achando que ainda continua sendo uma inverdade.Continuo me divertindo, me surpreendendo.

Ontem, entrei no ônibus e vi que uma senhora entrou depois...Cedi meu lugar à ela.Fiquei meio sem jeito pra falar qualquer coisa, tem gente que não gosta.Me faltou um chamamento adequado, chamei-a de moça.Terrível, eu sei.Ela riu.Depois de um tempo, ela disse: Sabe, eu tenho um filho mais velho que você.Começamos a conversar e no final das contas, acabei me surpreendendo quando ela me disse que já tinha cinco bisnetos.Conversando com 'estranhos' me divirto e me surpreendo, sou assim.É claro que tenho minha dose de cautela, mas não me encolho no banco e olho a paisagem passar lá fora.

O bom do transporte público é que você sai do seu pedestal particular.Você é forçado a ser humilde.Forçado a ser igual.Forçado a respeitar.Forçado a respeitar o som alto de manhã, as caras feias, as conversas altas, os olhares curiosos,os olhares judiados e também os sonolentos.É a diversidade.E é disso que eu gosto!

Pessoas com diversos pensamentos, problemas diferentes, histórias de vida, preocupações, com apenas uma coisa em comum: Pegaram o mesmo transporte coletivo, naquele horário, naquele dia...Todas resolveram pegar o ônibus!

segunda-feira, 14 de março de 2011

Hiperatividade resulta em tentativa de poesia modernista

Depois de meses esperando, a nova temporada de Criminal Minds finalmente começa.
Tive um filho e o nome dele é Reid Jr.

Tô agitada.
Não sossego.
Não quero!
Ansiosa pra algo que desconheço.
Tudo de volta pro eixo, parece.
Quem trilha o rumo agora, sou eu e não o contrário.
Tô feliz.
Daqui 4 dias eu faço aniversário!
De qualquer forma,
Segunda-feira é uma maravilha e errado é o que me contradiz!

sexta-feira, 11 de março de 2011

Almadén - Cabernet Sauvignon

Povo.Governo.Tsunami.Terremoto.Furacão.Guerra.Arma.Fome.Miséria.Doença.Pobreza.Soberba.
Ganância.Tecnologia.Poder.Avanço.Teorias.Ideologias.Crenças.Preconceito.Terrorismo.Curiosidade.
Chuva.Seca.Pedofilia.Assassinato.Violência.Corrupção.Desonestidade.Farsas.

TV, não preciso te ver pra saber.


(VEM COMIGO PROCURAR ALGUM LUGAR MAIS CALMO)




terça-feira, 8 de março de 2011

Rome


Um ano:
Madrugadas, histórias
Fome e morangos,
Rome e memórias

sexta-feira, 4 de março de 2011

Rehab.

Insisto em dizer que música me faz voltar no tempo.É uma droga.

UMA DROGA!

Parece que tudo volta pra como era.O clima, o momento, as fotos, as conversas, as sensações, as cenas, os pensamentos...Mas sempre falta alguma coisa.Saudosismo é outra droga.

OUTRA DROGA!

Droga mesmo é eu ainda estar na rehab por causa de junho.

É segredo.

Tenho meu círculo de amigos íntimos e próximos.Sempre que alguém tem um segredo -segredo, não fofoca-, vem falar comigo.

Quando o segredo é muito 'forte', acaba sendo engraçado como as pessoas imploram por sigilo.Parecem que não entendem que não há razão pra eu querer contar pra outra pessoa.Fofoca, aquela que deixa alguém mal na fita, prejudica ou qualquer outra coisa, não faz parte da minha vida, que fique bem claro.

É óbvio existem aquelas fofoquinhas consideradas 'básicas', como o PT de alguém numa festa, ou o tombo de outra pessoa.Fofocas básicas são aquelas, consideradas por mim, que se todo mundo soubesse, não mudaria nada.

Tem gente que não sabe diferenciar.Fofoca sobre o papagaio da vizinha.É muita falta do que fazer.Não gosto disso.Gosto de segredos...Gosto de saber que as pessoas confiam em mim.Eu, acho que, confiaria em mim...

Tenho uma maneira engraçada de contar minhas coisas, classificar o que deve ser reservado ou não.Tenho duas linhas de pensamento, as quais, no momento, eu não pretendo escrever sobre.

Mas agora eu vou contar uma coisa que é segredo: Dificuldade pra mim é confiar, não guardar o segredo.

A falha do sinal

Parou.O sinal não funcionava.Corri pra janela pra ver como ficaria o trânsito.Patético, é claro.

O povo abusa.O caos reina.Pessoas quase imploram por passagem e ninguém dá a mínima...Nessas horas é preciso ser esperto pra não perder a brecha.

Comparei com as formas de governo.Dei uma viajada sobre o assunto.Simpatizo com o anarquismo, mas isso parecia um sinal de que alguém precisa tomar conta de alguma coisa.

Acho que o sinal falhou e de nada adiantou.Ainda gosto do meu anarquismo utópico.

quarta-feira, 2 de março de 2011

A proteção se inverteu.

Dei carona pra minha avó hoje.Ao chegar na casa dela, vi que o carro do meu avô ainda estava do lado de fora.Pensei que à noite, embora o bairro seja sossegado, é um horário perigoso pra ele ficar fazendo esse tipo de coisa.A idéia de que a noite é perigosa é quase automática.Idiotice.Só penso isso quando são outras pessoas envolvidas.Pra mim, a noite é minha amiga.

Percebi depois, que 'esse tipo de coisa' não tem classificação.Constatei que o jogo inverte e me dei conta de que a proteção se inverteu.Quando eu era menor, considerava meu pai, meu avô ou todas as pessoas que 'cuidavam' de mim, um tipo de herói.Hoje, sinto que sou eu que lhes devo proteção.

Não que eles sejam burros e não consigam fazer as coisas sozinhos, mas parece que eu preciso estar lá...Com eles.Não gosto que minha mãe dirija sozinha.Parece que ela é ingênua no trânsito, desatenta, nova, mesmo sabendo que a realidade é o oposto disso.Quando peço carona, falo sempre pra ela levar alguém junto.Alguém que não seja mais novo que eu.Me preocupo com coisas insignificantes.

Parece ser a mesma preocupação que ela tem por mim quando EU saio, mas quando eu saio, eu sei que estou bem...Acho que sei me cuidar.E é claro, o mesmo acontece com ela.O engraçado, no final das contas, é que todo mundo se preocupa sem necessidade.

terça-feira, 1 de março de 2011

Desafios?Eu gosto muito.

A folga acabou de vez.Agora eu estudo incessantemente até acabar o que é preciso.
Penso que as coisas fúteis que eu adiei por tanto tempo, sejam agora adiadas para sempre.

Não tenho mais tempo de fazer minhas listas, meus desenhos sem motivo e inspiração, minhas casas no autoCAD.Não tenho mais tempo de analisar cuidadosamente cada detalhe das revistas de decoração que ajudam a formar uma pilha gigante no meu quarto.Não é pouca coisa, não...Na última vez que contei, contabilizei 99.As coisas mudaram, a vida agora é atarefada.Não tenho mais todo o meu tédio, preguiça e falta do que fazer.Algo bom ou ruim?

Ainda não sou completamente crescida -e não, não estou me fazendo de vítima infantil-, mas é nítido que não sei nada.Não sei lavar, passar e nem cozinhar.Queimo pipoca!Passo ferro em tecidos que derretem e lavar, bem...Nunca tentei.Mas não, não tenho medo de encarar as coisas, dar a cara pra bater, aprender na marra.Aguento bem os chumbos que me mandam.

Comecei a analisar toda a repetição que me acompanhou por um tempo:
"Você quer ir pra São Paulo, mas a vida lá não é fácil não.Você acha que é bom pegar metrô todos os dias?Você acha que é bom pegar ônibus com chuva?"...Por essas e outras, resolvi provar da coisa um pouco mais cedo.

Em Sorocaba andei de ônibus poucas vezes.Nunca precisei e nunca quis.Foi aí que eu notei a brecha pra um crescimento gradativo.Não vou me jogar na selva de concreto (maior que Sorocaba) que é São Paulo, aprender a sobreviver e contar as histórias dos arranhões (mesmo que seja divertido).Não me importaria se isso acontecesse, mas acho que seria um pouco dolorido.

Mamãe diz que eu não aguento.Quem não aguenta é ela, é claro...É mãe!Garoava ontem à noite e ela me disse:"Me acorda que eu te levo" e é claro que com um tom determinado eu falei:"Sem essa.Se estiver chovendo é isso que eu preciso enfrentrar, não é?Não é bicho de sete cabeças, é uma chuva...Chuvinha.Sem contar que aqui é Sorocaba e é onde eu tô hoje, não lá!".Vida atarefada não nos dá luxos.

Entrei nessa dinâmica de tentar me virar sozinha.Funciona assim: Lavo uma louça quando a vejo suja, tento preparar minha refeição, tento deixar meu quarto sempre em ordem e outras coisas mais.Não é interessante?Tanto faz...Eu achei.

A cidade na qual eu pretendo viver pelos próximos cinco anos ou mais, não é fácil e eu sei disso.Acham que eu vivo no mundo da Lua e fecho os olhos pra realidade.Enganados todos eles estão.Se eu sei que dar um lanche pra alguém com fome na rua não vai salvar o mundo, então acho que eu tenho o mínimo bom-senso pra saber, ainda que de maneira resumida, como as coisas funcionam.

Devo ter perdido o fio da meada.Se fosse uma redação, minha nota estaria vermelhinha.Não me importo.Sei que poderia culpar o meu cansaço, por ter acordado às cinco horas da manhã e cinqüenta minutos, mas não sou, não quero e não vou ser assim.Encaro os desafios que a mim surgem com força de vontade.Já disse, não tenho medo de dar a cara pra bater.

E um segredo?Eu gosto muito.




Não lamento nada.Não há motivos.Apenas fico saudosa com fatos da semana passada.