sábado, 8 de maio de 2010

Lerleca é uma meleca!

Com todo o respeito mas Lerleca é uma meleca!

O Colégio do meu irmão, ao tentar resgatar o lúdico, imaginário, a convivência entre pais e filhos criou uma centopéia de tecido e a tarefa do final de semana é cuidar desse objeto como se fosse amigo, ou parte da família e ela precisa estar em todos os momentos familiares usando e abusando da criatividade da criança.Os pais precisam relatar isso num caderno, contando as aventuras de Lerleca e seu filho...BLÁBLÁBLÁ!

Tudo bem...Explorar a imaginação da criança é uma coisa bacana, mas acho que há meios mais apropriados.Acho que as crianças de hoje em dia não são tão tontas a ponto de ficarem falando com uma centopéia de pano, e ainda por cima, acreditar no que estão brincando.(O engraçado é ver as fotos das crianças, esboçando um sorriso com a centopéia de pano!)

Enfim, vou escrever aqui, no estilo das outras cartinhas, o que EU escreveria, se eu fosse a minha mãe:

"Sexta-feira Lerleca chegou em casa e foi recebida como todos os hóspedes, e passou pelo nosso túnel de chutes e ponta-pés.Mais tarde, conheceu a Paola, irmã mais velha do Kayke, que embora pareça um pouquinho malvada, até brincou de roxinho com a Lerleca, e olha que ela só faz isso com os mais chegados!
À noite, depois de comer bastante fritura e refrigerante, fomos assistir os filmes para o soninho.O filme escolhido foi "A Hora do Espanto"...Lerleca ficou um pouco assustada com os vampiros e lobisomens, mas as crianças explicaram à ela que tudo não passava de uma produção hollywoodiana meio fracassada, cheia de sangue falso.
Sábado de manhã, todos levantamos, felizes e falantes, menos a Paola, pois ela acredita que o mau-humor matinal é uma dádiva pouco apreciada...Enfim, entre tantas coisas gostosas, também comemos um pouquinho de geléia real, que não passa de um gorfo de abelha que ajuda o nosso sistema imunológico.Depois do café, conversamos, rimos e a Lerleca preferiu ficar em casa jogando video-game com o Kayke, e ela gostou tanto que não queria mais parar.Jogaram Battlefield a tarde toda e a Lerleca aprendeu a atirar, explodir, torturar, pilotar tanques-de-guerra e até helicópteros...
De noite, fomos comer fondue e a Lerleca de tão gulosa caiu dentro da panela quente.Queimou um pouquinho, chorou um pouquinho...Mas para ela não se sentir mal, todos nos queimamos um pouco e mostramos à ela como não é legal chorar por coisas banais e como pode ser divertido ser desastrado às vezes.
Domingo de manhã, dia das mães, Lerleca começou a chorar dizendo que estava com saudade de sua mãe e então explicamos à ela que ela não vinha de uma reprodução natural, e sim que era feita de tecido e outros materiais.Depois que conseguimos acalmar e explicar tudo à Lerleca, fomos à casa da vovó do Kayke e lá aproveitamos o espação que temos e brincamos de Auschwitz, como Lerleca era a prisioneira, tatuamos nela o simbolo nazista.Ela gostou da idéia depois que viu a tatuagem do vovô e da mamãe do Kayke..E depois que ela viu o piercing da Paola, resolveu fazer um no mamilo e lá fomos nós.
Lerleca não via a hora de chegar na escola pra mostra sua tatuagem e seu piercing, e contar como foi emocionante o nosso final de semana!Mas como ela é chorona, começou a choramingar dizendo que não queria ir embora...E então, fizemos o ritual de despedida que é aplicar a tortura chinesa das gotas d'água.Lerleca se divertiu a beça e entendeu que seria melhor ela ir embora pois depois de três dias, os hóspedes começam a nos irritar e as tortutas aumentam!
Foi muito gostoso dividir o nosso final de semana com a Lerleca!"


MAIS AMOR
(com as crianças), POR FAVOR!